Sem
graça para alguns, presença marcante nas refeições de outros, a
alface é uma folhinha que pode aparecer no nosso dia a dia
em receitas
de saladas das mais variadas,
em lanches naturais e até em alguns medicamentos fitoterápicos para
acalmar os nervos. Mas você sabia que existem diversos tipos de
alface? Vamos falar um pouco sobre eles e conhecer melhor seus
benefícios e características específicas.
Alface
americana
Considerada
uma boa opção para deixar os pratos crocantes, a alface americana
tem um formato mais arredondado, que se assemelha a um repolho. Suas
folhas ficam dispostas em camadas, uma sobre a outra. Por se adaptar
melhor a temperaturas altas, esta alface cai bem em sanduíches
quentes. Entretanto, a alface americana é considerada uma variedade
com baixo valor nutritivo, se comparada a outros tipos de alface.
A
alface americana é bastante rica em água, dura mais tempo na
geladeira que os outros tipos de alface e costuma ser muito utilizada
por redes de fast-food. Além disso, como o próprio nome já diz,
ela foi originada na América.
Alface lisa
Trata-se
do tipo de alface mais consumido pelos brasileiros, que apresenta
folhas lisas, soltas e macias. O miolo da alface lisa, que tem folhas
menores, possui um sabor suave, enquanto as suas folhas externas e
escuras contêm um gosto mais forte no paladar. A alface lisa é
fonte de nutrientes como fibras, fósforo e vitamina C.
Alface roxa
Como
o próprio nome já indica, esta variedade de alface apresenta uma
coloração levada para o tom do roxo e tem um sabor suave.
As
alfaces roxas são dotadas de uma substância conhecida pelo nome
de antocianina, que
é classificada como um antioxidante. Os antioxidantes são compostos
que bloqueiam parte dos danos provocados pelos chamados radicais
livres, substâncias que danificam o DNA e que, ao serem acumuladas
ao longo do tempo, podem contribuir com o processo de envelhecimento
e com o aparecimento de problemas de saúde como doença no coração,
câncer e artrite. Ou seja, o consumo regular desse tipo de alface
pode a longo prazo somar esforços contra tais doenças e
envelhecimento precoce.
Alface crespa
Ela
é até parecida com a alface lisa – as suas folhas também são
soltas e macias. Entretanto, as diferenças entre esses tipos de
alface são curvinhas ou ondinhas nas extremidades da alface crespa.
Suas folhas também são
compridas e soltas e este tipo costuma aparecer em saladas e
sanduíches com carnes e frios.
Considerada
uma fonte rica em fibras, nutriente que auxilia a nossa digestão, a
alface crespa também possui fósforo e cálcio em sua composição.
Também é um dos tipos mais encontrados nos mercados do Brasil e
consequentemente, na mesa dos brasileiros.
Alface frisada
Não
tão comum de ser achada nos supermercados, esta variedade de alface
também é conhecida pelo nome de alface frisée e é fonte de
nutrientes como cálcio, fósforo, ferro, vitamina A e vitamina C –
todos importantes para o nosso organismo funcionar corretamente.
Essa
variedade apresenta folhas mais finas e rígidas, com uma cor que
varia do verde ao amarelado e tem um leve amargor em comparação aos
outros tipos de alface. Esta alface combina com saladas compostas,
feitas com ingredientes como queijo de cabra, molho de mostarda e
nozes, e com o sabor adocicado de frutas, que dão o equilíbrio
perfeito de sabores.
Alface romana
Normalmente
é utilizada refogada pelos italianos, esta variedade também pode
ser utilizada no preparo de sopas ou nas tradicionais saladas, como a
famosa salada Caesar. É o tipo de alface que apresenta a coloração
verde mais escura. As folhas de alface romana são compridas, firmes,
possuem sabor intenso e contêm uma textura rugosa e agradável. O
teor de fibras encontrado na alface romana torna o alimento um bom
suplemento para um trato digestivo limpo. A variedade romana da
alface é composta por potássio, vitamina C e vitamina K, outros
componentes fundamentais para que o corpo humano funcione
corretamente.
Atenção
para um detalhe: alface romana não é acelga! A alface romana possui
alguns nutrientes a mais que a acelga, além da aparência das folhas
mais fibrosas e escuras.
Sempre
mantenha esses alimentos presentes em suas refeições, entretanto, o
consumo de fibras deve vir acompanhado de uma boa ingestão de água
– no mínimo oito copos por dia – para que o nutriente trabalhe
efetivamente e não surjam problemas como prisão de ventre e
endurecimento das fezes, então não se esqueça de procurar um
profissional nutricionista para o acompanhar de maneira
individualizada. Pois essas informações são para todos, mas cada
corpo funciona como um relógio, cada um a seu tempo. E em tempos de
tanta ansiedade, lembre-se: a comida não é sua inimiga.
Jailson Cavalcante é nutricionista
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