O mês de maio foi palco para uma campanha importantíssima para a humanidade, chamada de #maiolaranja. O objetivo foi o de conscientizar e fazer um alerta às pessoas acerca do abuso sexual infantil. Confesso que falar sobre esse assunto não é fácil. Não estive na linha de frente dessa campanha. Não gerenciei nenhum ato ou mobilizei pessoas nessa causa, mas a abracei. Tive a honra de participar da criação de duas crianças, já fui professora na EBD para crianças também, já fui voluntária em um trabalho com pessoas especiais e sei da relevância do cuidado que devemos ter com esses seres tão indefesos e ingênuos.
Infelizmente eu conheci a história de um homem que trabalhou em pesquisas que tinham crianças como "ratos de laboratório" e os testes eram a partir de abusos. O Relatório Kinsey faz parte de uma temática polêmica e falsamente discutida nas academias e rodas de conversa que tenham a ver com política e ideologias. Alfred Kinsey foi um cientista da sexualidade. No século passado, ele se aliou a um homem chamado Dr. Dickinson, também conhecido como Dr. Green, nomeado por Kinsey como "Dr. X". Esse homem foi peça fundamental para o avanço das pesquisas custeadas pela Fundação Rockefeller. "[...] alguns relatos registram o nome de Rex King para o funcionário público que tinha molestado, conforme suas próprias contas, mais de oitocentas crianças." Essa citação é da escritora, professora e deputada estadual de Santa Catarina Ana Caroline Campagno, do seu livro chamado "Feminismo: perversão e subversão".
Você percebe que o abuso sexual não se trata apenas de uma campanha laranja? Essa causa é antiga e "defendida" pela revolução sexual. E isso não aconteceu apenas no século XX, é triste dizer que hoje o cenário é bem pior. O mercado pornográfico com crianças é assustador. Em uma conversa com a cantora Marcela Taís, a ministra dos Direitos Humanos no Brasil Damares Alves falou que já viu casos de bebês serem abusados e tudo ser registrado e lançado no mercado pornográfico. Esse trabalho também foi utilizado por Kinsey e sua comitiva. Com o financiamento da fundação, Kinsey montou um estúdio de gravação altamente equipado e com profissionais da área, não apenas para registrar relações sexuais, mas também analisar os abusos infantis feito pelo "Dr. X".
O assunto é vasto, as discussões ainda são insuficientes para a resolução desse problema. Muita gente acha que isso não acontece, outros levantam a bandeira só por questões políticas e ideológicas (e muitas vezes de forma camuflada, diz que defende, quando na verdade faz parte do quadro de abusadores).
Um mês para cuidar das nossas crianças é muito pouco, a luta deve ser diária e constante. Essa é uma causa que não se resolve com vídeos institucionais ou visitas nas casas de famílias carentes por conselheiros tutelares. É uma doença psicológica e principalmente espiritual.
Mylena Macêdo é jornalista
Comentários
Postar um comentário