Normalmente quando vemos uma publicização
de uma obra/reforma num município, o coração fica feliz e a esperança entra no
coração da população. Mas para iniciar uma obra, existem algumas normas e recomendações
para mostrar a transparência com a coisa pública. A exemplo das placas, onde
nelas temos várias informações como o prazo (início e fim), o valor do
investimento, de qual instância vem o valor, o responsável pela obra entre
outras. Mas o que chama atenção, não só em Caruaru, mas na grande e quase
absoluta maioria das cidades, é que se observarmos os prazos expostos nas
placas e a entrega efetivamente da obra/reforma, esses nunca batem! Mas
infelizmente isso acontece quase sempre, quando existem nas cidades uma Câmaras
Municipais que são verdadeiros “puxadinhos” do executivo. Caso contrário, tanto
as obras como outros assuntos críticos das gestões, teriam respostas mais
plausíveis à população.
Mas olhando para a realidade
que vivemos, Caruaru, temos muitos exemplos que obras que estão fora do prazo
de entrega. Um exemplo escancarado e bem atual, que é a construção do Canal dos
Mocós, onde a obra teve seu início em 2016 e com o prazo para terminar em 2017.
Ora, não precisa ser engenheiro, para saber que uma obra daquele porte, não se
faz em um ano. Pois bem, estamos em maio de 2020 e nada de concluir a obra,
mesmo tendo um aporte financeiro que ultrapassa os R$ 15.000.000 (QUINZE
MILHÕES DE REAIS). E assim, fica a pergunta: quando terminarão essa obra? E
podemos levantar outra linha de pensamento: será que iniciaram essa obra, com
interesses para conseguir votos? Esperamos que não a utilizem para essa
finalidade novamente esse ano, mas o povo precisa ficar de olhos abertos e a
memória ligada.
Outra obra que parece estar no
mesmo caminho, é a reforma da rua Quinze de Novembro. Iniciada aos 19/04/2019,
muito ainda falta ser concluído, e alguns elementos daquela obra, a exemplo da
ciclofaixa, simplesmente sumiram do projeto inicial. De início a primeira etapa
que deveria ser entregue no mês de agosto de 2019, foi concluída em outubro. A
princípio seriam realizados os serviços da retificação da via, drenagem,
construção de três pontos de ônibus, pontos para mototaxistas, além de recapeamento
asfáltico.
Mas se analisarmos a obra in
loco, vamos perceber que os pontos de mototaxistas não existem até hoje, os
pontos de ônibus ainda estão no papel, onde os passageiros ficam nas calçadas
das lojas, para se abrigar do sol e da chuva. A drenagem está concluída, porém
podemos dizer que comprometida, pois com o material deixando de qualquer jeito
por cima das galerias, tudo pode ir por água abaixo. Em alguns pontos, o piso novo
das calçadas com as últimas chuvas, já apresentaram problemas... Enfim, mais
uma obra que se arrasta e que pelo visto, não tem a menor expectativa de
terminar, a não ser por estarmos em ano político, tudo pode acontecer,
inclusive a prorrogação da entrega da orba.
Outra obra que iniciou em
outubro de 2017, e já deveria ter sido concluída, foi a Creche do Alto do
Moura. Com a informação na placa para ter seu término em outubro de 2019, ela
continua em obras. Ou seja, estamos com um pequeno atraso no cronograma de sete
meses. Pois é, as tão faladas creches de 2016, onde foram prometidas 8.000
vagas, que iriam dar uma ajuda as mães, para que pudessem deixar os filhos e
irem trabalhar sossegadas. Mas parece que essa promessa, teve o mesmo propósito
da obra dos Mocós, conseguir votos.
Pior é que depois de todos
esses exemplos narrados, alguns ainda não entendem a descrença do povo com a
classe política. O grande problema é que muitos esquecem, inclusive os
vereadores; que são considerados os políticos mais próximos do povo, que nas
eleições o cidadão ao colocar o dedo no botão CONFIRMA, ele está depositando
naquele candidato (a) sua esperança, está entregando nas mãos daquele candidato
(a) um cheque em branco. Porém, como diz a nossa Constituição: “o poder emana
do povo”, desta forma, o povo que escolha e que dê a resposta nas urnas, em
quem depositar suas esperanças.
Oscar
Mariano
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