Temos acompanhado
nos últimos dias como esse tema tem refletido no cenário político brasileiro. O
presidente Jair Bolsonaro atacando a democracia de forma antidialógica, como
também desafiando o resto do tripé (legislativo e judiciário). O grande
educador e patrono da educação brasileira Freire fundamenta através da
pedagogia da autonomia, uma pedagogia fundamentada na ética, no respeito e na
própria autonomia do ser humano, afinal educar exige compromisso, mas também
amorosidade, isso para que as ações tomadas estarem realmente abertas as
mudanças, e o receptor compreenda sua prática enquanto dimensão social e
humana, e é preciso nos atentar a todas as práticas de desumanização.
A reflexão e
posterior ação advém da relação entre o homem e o mundo, pelo ser humano nesta
relação, ou melhor, atentá-lo para tal relação com a realidade é trazer à tona
a condição para transformação de si próprio e para a sociedade, propondo
reflexão e consequentemente uma ação reflexiva, através das experiências e de
suas concepções para ir ao encontro das situações de debate antidialógico X
dialógico.
O fenômeno diálogo
advém da palavra, e a palavra nos leva a reflexões acerca de outras duas
questões: a ação e reflexão, que mantém uma interação forte e difícil e com
sucesso nos leva a uma prática, pela palavra verdadeira que transforma o mundo.
A palavra, a pronúncia, ação e reflexão, nos encorajaram ao descobrimento do
mundo, ao ver o mundo e conseguimos enxergá-lo. Trabalhar o mundo, pronunciar o
mundo e favorecer a capacidade de transformá-lo por uma prática dominante de
libertação, pronunciar o mundo e problematizá-lo. Problematizar é tomar
consciência dele, mas uma consciência que chamo de viva, que é crítica,
autêntica e incentiva a transformação. Portanto, se descobrirem através de uma
modalidade de ação cultural, problematizadora de si mesma em seu confronto com
o mundo, significa primeiramente, que se descubra como tal, reconheçam sua
identidade com toda significação profunda que tem descoberto.
Uma das falhas,
dentre outras qual a liderança comete é de não levar em conta a visão do mundo
que o povo tem. Já para a liderança revolucionária, o conhecimento desta lhe é
indispensável para sua ação, como síntese cultural.
O que pretende a
ação cultural dialógica não pode ser o desaparecimento da dialeticidade,
permanência, mudança, mas superar as contradições antagônicas de que resulte a
libertação dos homens.
Mário Disnard é professor, com graduação em
História e Gestão em Recursos Humanos. Possui pós-graduação em Gestão do
Capital Intelectual e Coordenação Pedagógica. Foi Articulador da EJA da
Prefeitura Municipal de Caruaru. Tem experiência na área de Administração. Foi
coordenador do Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos biênio 2014/2016,
Foi vice-presidente dos Conselhos Municipais de Assistência Social e Direitos
da Criança e do Adolescente de Caruaru. Participou da Construção do Plano
Municipal de Educação de Caruaru. Pesquisador em EJA com publicações Nacionais
e Internacionais. Em 2020 lançará o livro com a mesma temática do trabalho
apresentado em Portugal pela editora Appris.
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