Antigamente, a música tinha valor e não era precificada, na atualidade, a música é precificada, mas perdeu o seu valor. Bastam apenas duas sílabas para que se torne “música”, e detalhe, vendável. Em tempos passados e, alguns nos dias de hoje, ainda fazem da música uma verdadeira poesia musicalizada, com letra, reflexão, extensão de sentimentos, mas, por outro lado, existe uma grande produção que tiraram todos esses elementos e acharam que na música só se faz necessário a batida.
Uma pena! Você não acha que estamos cada vez com menos essência musical? – Sua resposta. Pois bem, é lamentável observarmos a vulgarização melodizada, é como se pegassem uma agressão e colocassem uma batida musical para que a transforme em “arte”. Arte é arte e ninguém mudará o seu real sentido. Diante de tantas produções medíocres só nos resta selecionarmos o que iremos ouvir, cada dia menos opções, menos cultura.
Não se canta mais o sertão, o amor não mais tem seu valor moral, a rede na varanda, a flor no campo, o céu estrelado, nada disso tem conseguido embutir força diante daquilo que querem vender, hoje, não mais importa o valor, a música gira em torno do preço. Lembre-se, tudo que se precifica demais um dia acaba perdendo o seu valor.
Quem dera que meu sertão
Voltasse a ser cantado,
Que a menina enamorada
Achasse seu namorado,
Pela letra da canção,
Mas mudou-se a estação,
Pois o certo virou errado.
Pense nisso.
Davi Geffson é marqueteiro e professor
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