Sinceramente não sou a pessoa
mais indicada do mundo para falar de política partidária. (Sempre que eu me
referir à política nesse texto, será a esta, a partidária).
Dizem que eu deveria gostar da
política, tenho me esforçado, mas pra mim é como tentar gostar de melancia.
Enquanto muitos acham (a melancia) atrativa e deliciosa, eu sinto enjoo só de
olhar pra ela. Algo muito parecido com a política.
No entanto, como cidadão que
sou não dá pra fechar os olhos pra ela, ao contrário, tenho que saber ao menos
como funciona, pois querendo ou não, a política reflete direta e indiretamente
na vida de todos nós.
Sendo assim, eu vejo a política como um livro, sim, um
livro, onde a cada quatro anos um determinado escritor tem a oportunidade de
escrever um novo capítulo.
Os leitores desse livro elegem
um escritor. Este tem a oportunidade de escrever a história de sua cidade
(trazendo para o âmbito municipal), de dar continuidade a este livro com um
novo capítulo.
Mas muitos se perdem nessa
construção. Muitos são analfabetos políticos. Os leitores percebem que a
história começa a ficar fraca, entediante, nada de novo é trazido, a história
vai se perdendo e muitos deixam de ler o livro.
Começam a revolver as páginas,
parece ser mais interessante ler o passado.
Então se
unem para escolher alguém que mude essa história mal construída, maçante e sem graça.
Esse
ano (2020) muitos estão encerrando seus capítulos nos livros de suas
respectivas cidade.
Aos
leitores cabe reler e analisar o que foi escrito nesse capítulo. Será que o
escritor atual merece escrever o próximo capítulo ou passar a pena para alguém
do seu grupo de escritores?
Bem,
mesmo eu não gostando da política, tenho a obrigação de ler esse livro, pois
faço parte do texto ali escrito.
Então
leitores, sentem-se um pouco, releiam os últimos capítulos, e escolham a que
entregar a pena.
Roberto Celestino é professor de
Letras-Língua Portuguesa e poeta cordelista membro da ACLC- Academia Caruaruense
de Literatura de Cordel
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