Sinto falta dela hoje em dia. Queria ouvir ela gritar por
mim. Queria muito que ela batesse à minha porta. Ou mesmo que eu avistasse ela
lá no cume das alturas, pelos caminhos, pelas encruzilhadas. Sinto muita falta
dela. Adoro ela. Preciso dela.
Entretanto o que vejo muito rodeando os vales, montanhas,
cidades, ruas e praças são os malfeitores. Roubadores de dignidades. Tomadores
do que é alheio. Aproveitam-se das Leis brasileiras que são uma mãe para eles e
madrasta para o cidadão de bem. Nunca foi tão fácil ser bandido hoje. Tanto
quantas vezes os prendem, os soltam também. E eles continuarão soltos rodeando
cidades e casas.
Eis que volto a pensar nela, ela já não é tão nova assim,
mas muito atual. Desejo ela. Sonho com ela dia e noite. Respiro ela. Ela é
excelente. Repito, ela foi formada há muito tempo, mas não me importo, afinal
“panela velha é que faz comida boa”. Ela é deslumbrante. Tudo o mais que eu
possa desejar não se compara com ela. Aspiro por ela em minha boca, deslizando
pelos meus lábios.
Se ficou interessado nela também, podereis desfrutá-la. A
descrição dela está lá em Provérbios 8, vá lá, disponha.
Nelson Lima é teatrólogo e
poeta
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