Quem
conhece um pouco da história de Caruaru, sabe que nossa amada cidade cresceu no
entorno da Igreja da Conceição e que a feira, era e é o principal pulmão
econômico do município, onde homens e mulheres trabalhavam e trabalham ainda
hoje, mostrando a força que nosso comércio possui. Muitos destes cidadãos não
são nascidos no “País de Caruaru”, mas contribuíram e contribuem para o
desenvolvimento econômico desta cidade, que é conhecida por seu comércio diversificado
e ainda em crescimento e onde tudo se encontra, como canta Onildo Almeida: “de
tudo que há no mundo tem na Feira de Caruaru”.
Meus
dois avôs, Oscar Mariano e Cordovil Dantas, foram homens que não nasceram em
Caruaru, mas fizeram história, onde são lembrados ainda hoje. Pois, quem nunca
ouviu falar no restaurante Brasileirinho, que vendia a famosa sopa de feijão,
onde todos os dias centenas de trabalhadores iam se deliciar ao final de mais
um dia de trabalho. Meu avô, Oscar, era o proprietário deste restaurante, porém
veio morar muito cedo em Caruaru, vindo de sua cidade natal, Palmares – PE,
onde começou trabalhando como garçom no antigo Guanabara, e depois de muito
esforço iniciou seu próprio negócio, onde tinha aproximadamente 25
funcionários, e assim ajudou no desenvolvimento do município. Já o meu outro
avô, Cordovil Dantas, era militar aposentado, radialista e seresteiro. Trabalhou
em várias rádios e Caruaru, e durante décadas sempre aos sábados, cantava no
Palace Hotel, onde os boêmios e admiradores de uma boa música, iam passar suas
noites escutando músicas de Nelson Gonçalves, Altemar Dutra e tantos outros.
Além, disto ele foi durante muito tempo, funcionário da Prefeitura Municipal,
onde desempenhava sua função com muito zelo e amor por Caruaru.
Pois
bem, o motivo desta explanação sobre meus avôs, é para mostrar que não é
necessário nascer em Caruaru, para se fazer história e ajudar com o
desenvolvimento da cidade. Não é obrigatoriamente ser nativo para amar ou lutar
por melhorias para “Princesinha do Agreste”. Digo isto, por ter me incomodado
com a fala do senhor João Lyra Neto, político tradicional de Caruaru, onde o
mesmo disse numa rádio a seguinte frase: “Um forasteiro de Alagoas”. Ele
quis com essa frase, atingir uma pessoa, porém quando disparamos palavras para
atingir alguém, outras centenas podem ser atingidas. Ex-prefeito, meu avô
Cordovil Dantas, era natural de Alagoas, nascido em Maceió, e era um apaixonado
por Caruaru e pelo Central.
Acredito
que o ex-prefeito deveria ter mais cuidado com as palavras, e evitar conceder
entrevistas quando estiver com raiva de alguém, pois ofender as pessoas, além
de ser deselegante, pode ser um tiro no pé, pois os “forasteiros” de diversos
estados brasileiros e que moram em Caruaru, além de pagarem seus impostos
municipais, também são eleitores.
Oscar
Mariano
Neto
de dois “forasteiros”
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