Em uma época que o virtual é
mais real que a própria realidade, estamos perdendo de ser quem somos para nos
moldar àquilo que a mídia insiste que sejamos. Ou se estabelece um
enquadramento nesse parâmetro modular, ou então, seremos exclusos deste circulo
virtual.
Estamos perdendo em essência e
em substância, cada existe menos de nós e mais daquilo que é pré-estabelecido.
A amizade virtual parece ser mais legal, mas já percebeu que quando se encontra
aquele “amigo virtual” às vezes nem um “Oi” se dá? Isso é a distância das
telas, a aproxima distanciada pela rede de internet nos deixa mais à vontade, é
aí que entra a mudança substancial, se antes um abraço era alimento, hoje é uma
curtida que preenche lacunas, sacia o ego e acalma a alma.
Essa conexão virtual tem nos
deixado reféns de um simples like, que coisa né? O ser humano conseguir
curvar-se a uma simples curtida, que nada lhe agrega enquanto pessoa, pelo
contrário, existem curtidas que são apenas conveniências, e nada diz respeito
ao grau de “sucesso” que se tem.
É preciso desligar-se um
pouco, deixar as curtidas virtuais de lado e curtir o outro. O dedinho da
curtida, jamais irá ocupar o lugar de um “joia” pessoalmente, compartilhar
experiências, risadas, abraços, momentos, jamais poderá ser substituído por um
compartilhamento de algo que foi postado, um comentário olho no olho é
insubstituível, mostrará a realidade daquilo que está sendo dito. É disso que
precisamos, as pessoas estrão virando máquinas, e máquinas não têm sentimentos,
não apenas manipuladas. Por isso, é preciso desconectarmo-nos do virtual para
viver o real. E aí, descontou?
Davi Geffson é mercadólogo e
estudante de Letras. Escreve em ConTexto às segundas-feiras.
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