“What the world needs is a return to sweetness and decency.”
Essa frase é dita algumas vezes pela Princesa Ann (Audrey Hepburn) no clássico “Roman
Holiday”(A Princesa e o Pebleu).
Todo o filme é um exemplo de decência e doçura no mundo. O
romance entre Joe Bradley (Gregory Peck) e Ann, surge de uma forma inesperada e
divertida. Joe, logo de início, vê-se obrigado a levar uma desconhecida,
aparentemente bêbada, para sua casa. A primeira coisa a ser observada é a forma
que ele encara essa situação. É quase impensável para alguns hoje em dia, levar
uma mulher – que sequer está em si – e cuidar dela sem segundas intenções. Joe
poderia ter se aproveitado da situação, mas comporta-se como um verdadeiro
homem. Protegendo-a dos perigos do mundo e sendo um lugar seguro para ela.
Muitos homens andam esquecidos de que precisam ser isso para suas mulheres.
Michel Houellebecq disse que ‘’ Um casal é um mundo, um mundo autônomo e
fechado que se desloca no meio de um mundo mais vasto, sem ser realmente
atingido por ele.’’ O homem deve ser a camada mais espessa, quem primeiro
recebe todos os problemas externos e ameniza-os.
Por outro lado, vemos a Ann, uma princesa que está cansada
de sua agenda lotada, de todos os compromissos e protocolos. Ela imagina que
sua vida seria mais fácil e prazerosa se não tivesse tanta responsabilidade
sobre suas costas. Ao se apaixonar por Joe Bradley, pela primeira vez, sente-se
liberta. O dia mágico que vivem, todas as aventuras, fazem com que Ann deseje
que sua vida seja assim, sempre. Mas ela escolhe seguir seu dever e compromisso
com seu país, com seu povo, ao invés de seguir seus sentimentos. Que grande
lição podemos tirar disso! Nossos sentimentos mudam, mas aquilo para qual
viemos ao mundo, nossa vocação, precisa vir sempre em primeiro lugar. É isso
que importa na vida de uma mulher. Não é o que ela sente, pois, em um único
dia, pode ir da mais perfeita paz a uma Odisséia completa. Imagine uma vida que
seja guiada pelos sentimentos, que desastre total!
Ambos agem como devem agir, mesmo quando isso não é
prazeroso para eles.
Em uma sociedade hedonista, onde o que mais importa é o
prazer pelo prazer, nada é mais urgente do que ter esse conceito de dever bem
claro em nossas mentes. E, sim, o que o mundo mais precisa é um retorno urgente
para a doçura e decência.
Sabryna Thais é professora.
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