“Quem
anda com integridade anda com segurança, mas quem segue veredas tortuosas será
descoberto.” Prov. 10.9
Iniciamos aqui uma jornada
onde humildemente convido todos a reflexão semanal sobre temas muito
importantes para a vida diária e prática do cristão. Gostaríamos de pensar um
pouco neste tempo sobre temas como espiritualidade, trabalho, vocação, chamado,
entre outros a estes relacionados.
E, neste sábado, onde
finaliza-se mais uma semana em que a grande mídia usou recortes de falas da
Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos para atacar o Governo Federal,
recém empossado, e, principalmente, a postura cristã dos seus componentes,
especialmente deste Ministério, não poderíamos deixar a oportunidade de tentar
interpretar essa postura nacional de separação entre o trabalho e a
espiritualidade do brasileiros, no que tange
ao cristianismo.
Vivemos em um país que se diz
laico, onde diz-se há separação entre o Estado e a igreja, e, quanto a isso,
concordamos plenamente e não temos dúvidas que deve ser assim, mas, o que nos
preocupa é a negação hipócrita do ser humano como ser espiritual, como ser que
possui opiniões individuais, como ser que pode expressar-se.
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Ministra Damares Alves Foto: Valter Campanato/ABr |
A evolução tecnológica e informacional
tem transformado o mundo e a mídia dando este tratamento de massa aos seres
humanos, encarando-os sempre como coletividade. No entanto, percebemos ao longo
da nossa jornada nesta terra que não é assim, pois, cada ser é individual, cada
indivíduo tem um DNA, cada ser humano tem uma digital. Portanto, apesar da
multidão, não se deve esquecer que fomos criados únicos e para nos relacionar
um a um.
Jesus, nos mostrou claramente
que isso é possível não deixando-se corromper com a massa, mesmo em uma
multidão o apertando, Ele disse: alguém me tocou. Mesmo em meio a massa, ele
saiu para orar com 3 amigos mais próximos. Mesmos, caminhando três anos com
muitos, ele jantou apenas com 12 amigos antes da sua crucificação.
Então, quando a grande mídia
tenta excluir a espiritualidade ou as opiniões do indivíduo sobre temas
específicos enquanto ocupante de determinado cargo, enquanto trabalhador,
servidor, na verdade, cria-se um ambiente de hipocrisia e mutilação, onde o
indivíduo é tratado como apenas força de trabalho mecânica, desprovido de
mente, de pensamento, desprovido de emoções, desprovido de opiniões, desprovido
de corpo, alma e espírito.
O trabalho não foi
estabelecido por Deus para mutilar o homem, ou retira-lhes direitos, até mesmo,
e isso chega a ser cômico, como tenta-se retirar da Ministra da Mulher, Família
e Direitos Humanos, um direito consagrado em nossa Constituição, e até mesmo na
Declaração Universal da ONU, em que no seu 9º artigo diz: Todo o indivíduo tem
direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não
ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem
consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de
expressão.
Posto isto, o sábio escritor
dos Provérbios, afirma que o ser humano deve ser íntegro, pois assim, andará
com segurança. Pelo contrário, aquele que caminha sem integridade será
descoberto. E o que isso tem a ver?
O indivíduo que anda nas
sombras, escondendo suas opiniões, separando sua espiritualidade entre igreja e
trabalho, mutilando suas opiniões, será só mais um na multidão que aperta
Jesus, sempre será só mais um na multidão sem autoestima, será só mais um na
multidão de pessoas sem rosto, sem digital, sem marca, manobrados pelas Fake
News e opiniões alheias.
O cristão tem um chamado para
ser íntegro. O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus para ser inteiro,
completo. Isso quer dizer, conforme o Aurélio, ser reto e imparcial. Desta
forma, não é o cargo que ocupa ou as opiniões que expressa que devem nortear
suas decisões e relações no trabalho, a sua espiritualidade deve ser capaz de a
cada dia diminuir o abismo existente entre o discurso e a prática. Ocupar um
cargo ou desenvolver um trabalho não deve ser pretexto para impor suas
opiniões, mas, ser inteiro, completo, imparcial, inatacável, lhe dará o
suporte, quer no trabalho ou em qualquer lugar, para viver em segurança, pois,
como diz o sábio, os que não são íntegros, mais cedo ou mais tarde serão
descobertos.
Vivemos em um Brasil
mergulhado em escândalos de corrupção sendo descobertos a cada dia, onde
aqueles que não expressam suas opiniões por ocupar determinados cargos, ou
opinam junto com a massa, tem sido descoberto pelos seus caminhos tortuosos, ou
melhor, pelas suas ações parciais, fraudulentas e corruptas.
Neste ponto, como
administrador, entendo que a postura e as ações de um empregado no seu trabalho
dizem muito mais do que suas palavras. Assim como as políticas empregadas por
uma empresa nas relações comerciais dizem muito mais do que suas declarações
negativas e seus relatórios financeiros. Portanto, não deixemos que as pessoas
e as opiniões alheias mutilem nossa espiritualidade em nosso trabalho.
Nós somos inteiros, criado
para viver inteiros, formados por corpo, alma e espírito para sermos íntegros,
implantando onde quer que estejamos uma cultura de justiça, paz e alegria no
Espírito Santo, realizando o nosso melhor com excelência, pois, para Deus o
fazemos. Ser íntegro significa ser inteiro para os outros, ser completos em
nossas relações com o outro, ser verdadeiros em nossas opiniões, mesmo que elas
não satisfaçam a todos, mas se estiverem coerentes com a Bíblia, sejamos íntegros.
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