Texto: Jénerson Alves
Fotos: Mylena Macêdo e Sabryna Thais
Um significativo momento de valorização da vida. Assim pode
ser caracterizado o 1º Festival Pró-vida de Caruaru, realizado no domingo 19.
Artistas de diversos segmentos culturais se uniram no propósito de dizer ‘não’
ao aborto e de enaltecer as diferentes fases do processo da existência humana.
O evento começou às 14h30, no Teatro Prazeres Barbosa/Espaço
Nerisvaldo Alves. Abrindo a programação, os músicos Joanathan Richard e Carlos
Firmino fizeram uma parceria histórica, pela primeira vez dividindo um palco.
No repertório, músicas como ‘Utopia’, do Padre Zezinho, emocionaram a plateia.
Na sequência, o cordelista Pedro Poeta contou um pouco de
sua história de vida. Ele contou que sua mãe recebeu muitas sugestões para
abortá-lo, pois fora abandonada pelo companheiro após descobrir a gravidez. Em
seguida, Pedro ainda declamou poemas autorais sobre o assunto.
Continuando a programação, as jovens Joseane e Maria Eduarda contaram depoimentos de vida sobre os impactos do aborto para a mulher.
Atualmente, elas são atendidas pelo Centro de Recuperação Rosa de Saron, que
acolhe mulheres em situação de risco.
O repentista Ednaldo Silva também participou do festival. Ao
som da viola, ele improvisou estilos de cantoria abordando o assunto. Uma das
estrofes que marcou a sua apresentação foi a seguinte:

Pastorando ovelha mansa,
Pois enxergo a esperança
Do futuro do país,
Mas quem abre a boca e diz
Que o aborto é a saída,
Não passa de um homicida,
De um louco, ou um delinquente.
Venha lutar com a gente
Nesta luta pela vida!”
Dando seguimento ao evento, o multi artista Nerisvaldo Alves
apresentou um breve monólogo. Depois, o artista circense Yudji Hirakawa, que tem
apenas 08 anos de idade, encantou a plateia com suas performances envolvendo
malabares.
A jovem Esther Mendes, de 18 anos, acompanhada pela mãe,
também trouxe o seu testemunho de como optar pela vida é a melhor alternativa.
Semelhantemente, a psicopedagoga Eugênisa Azevedo proferiu uma breve palestra
apresentando argumentos contrários à prática do aborto.
O músico Carlos Alves, por sua vez, entoou canções populares
de exaltação à vida, interagindo com a plateia através das suas melodias. A
cantora Rosaura Muniz, presente ao evento, aproveitou para contar testemunhos
familiares e se colocar em favor da causa.

Durante todo o período do festival, o artista plástico
Luzimar Alves expôs uma tela criada exclusivamente para o evento. “Com este
quadro, pretendo mostrar que a balança da justiça está pendendo para o lado
errado, ao considerar mais importante a vida dos ovos da tartaruga-marinha do
que um embrião humano”, expressou. Ademais, a também artista plástica Wanessa
Silva, do Recife, enviou a imagem de uma tela especialmente para o evento.
De acordo com uma das organizadoras do evento, a professora
Amanda Rocha, o festival foi uma maneira de alertar a sociedade para esta
temática, envolvendo as famílias através da cultura regional. “Caruaru é uma
cidade referência em diversas áreas, e também será referência na luta contra o
aborto”, concluiu.
Confira, abaixo, matéria da TV Asa Branca/Rede Globo sobre o
Festival:
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