Uma simples ação
desenvolvida pelo projeto Desperta Débora em Caruaru-PE me levou à reflexão. No
centro da cidade, mulheres apresentavam uma faixa com esta indagação: “Você já
orou por seu filho hoje?” Mais do que uma simples pergunta, o questionamento
representa a necessidade de os pais conquistarem o coração dos filhos para os
desígnios do Senhor.
Ora, a
ausência de exemplos dos pais na caminhada da fé pode gerar muitos danos para
os filhos. No livro Faith of the
Fatherless: The Psychology of Atheism (“A fé dos Orfãos: A Psicologia do Ateísmo”), o
psicólogo americano Paul Vitz mostra que grandes expoentes do ateísmo tiveram problemas
com os pais, a exemplo de Sigmund Freud, Joseph Stalin, Jean-Paul Sartre e até
Adolf Hitler e Richard Dawkins.
Um estudo divulgado pelo grupo Barna há alguns anos mostrava que,
em média, três em cada cinco jovens cristãos abandonam a igreja após completar
15 anos de idade. Um dos principais motivos apresentados para esse fato é a
experiência superficial com o cristianismo.
E não há nada mais profundo do que uma família que se entrega
ao Senhor. Há na História da Igreja inúmeros exemplos de pessoas que tiveram a
vida transformada por causa da ação de parentes. Porém, um dos relatos mais
expressivos é o de Agostinho. Filho da piedosa cristã Mônica e do pagão
Patrício, ele próprio chegou a dizer que bebeu do amor de Cristo através do
leite da mãe. Porém, durante a juventude, abandonou a fé e entregou-se aos
prazeres e à seita dos maniqueus, afundando sua vida em problemas. Apenas aos
32 anos regressa à fé que lhe ensinara sua mãe e tornou-se uma das mais
proeminentes figuras do Cristianismo, com reconhecimento incontestável até os
dias de hoje.
Vemos que as orações e as lágrimas de uma mãe podem produzir
verdadeiros heróis da fé. O pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes afirma: “Os
pais e as mães precisam ser modelos para os seus filhos. Não ensinamos apenas
com palavras, mas, sobretudo, com exemplo. Um exemplo vale mais do que mil
palavras. O exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz
de fazê-lo. Os pais e as mães precisam ser coerentes. Eles precisam viver o que
ensinam e ensinar o que vivem. Eles precisam ser o espelho de seus filhos. O
espelho é mudo, mas é eloquente”.
Somente com bons exemplos de cristãos, de todas as gerações,
atuando juntos na família, sob a liderança do Espírito Santo, cumpriremos o
propósito do Senhor Deus para este tempo, deixando um legado às próximas
gerações a contribuindo para a expansão do Reino de Deus na terra.
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